A necessidade do ser humano em ser amado.
O amor é emergente em todos os séculos da humanidade.
O que é o amor?
A palavra amor é substantivo masculino e significa:
Sentimento que leva uma pessoa a desejar o bem de outrem ou de algo, a cultivar afeição, zelo, cuidado e proteção.
Afeição intensa, muitas vezes acompanhada por atração física ou erótica, que liga dois indivíduos em uma relação afetiva.
Dedicação ou entrega absoluta a alguém, a algo, ou a uma causa.
Expressão de ternura, carinho e benevolência, manifestada por meio de palavras, atitudes ou gestos.
Em contextos filosófico-religiosos, designa a força ou princípio que impulsiona a harmonia entre os seres, a solidariedade e o bem universal.
Em minhas palavras, penso que o amor tem inúmeros significados ao redor do globo e das diversas culturas. Mas pode ser resumido como força, sentimento, ações, liberdade e tantas outras definições moldadas na minha mente e determinadas em volta da Terra.
O amor é o enlouquecer da humanidade. Desde os primórdios, falamos sobre o amor desde as pinturas rupestres desenhadas em pedras até hoje, em que ele se espalha em contos, músicas, filmes, musicais… e em seus diversos tipos. Seja fraterno, materno, romântico ou apenas de amigos.
E então, como digo no título dessa news, nós respiramos o amor como quem precisa dele para existir e completar sua existência na Terra. Uma citação que eu amo, de um filme que eu amo (e choro todas as vezes que revejo e te indico):
“Nós precisamos do toque de quem amamos quase tanto quanto do ar para respirar.” A Cinco Passos de Você.
Nessa perspectiva, eu quero trazer para a palavra amor o verbo amar. Numa visão mais aberta, o amor é o oxigênio que entra em nossos pulmões desde a nossa infância até a morte. O amor materno será o primeiro “toque” com esse amor você abre os olhos e descobre um bilhão de coisas diferentes, erra a maioria delas ainda bebê, mas sua mãe te toca com esse amor e boom: tudo muda. O primeiro toque de amor.
Mas com o amor vem também a imaginação, a perspectiva e a entrega da outra parte e, nessa parte da história, alguns já sofrem por um amor materno inexistente ou ausente durante quase toda a vida.
E, com o passar dos anos, vêm os demais para acrescentar: avós, pai, irmãos, amigos e amigos que um dia se tornam alianças trocadas no altar de uma igreja ou em um sítio qualquer.
Crescidos em volta de amores e do ato de amar, de pessoas, momentos e tudo ao nosso redor, nós precisamos do amor e da presença urgente dele nos séculos e séculos que já passaram, e também agora. Estamos no século XXI e já mortos de amor, em qualquer amor onde ainda houver amor.
Vemos casais em relacionamentos líquidos, amizades desfeitas por meros egos das partes, a romantização do término e da superação, o amor-próprio como produto em estantes. Letras e mais letras falam sobre quaisquer temas e usam o amor como trapo. Há até a condenação de ser um “emocionado” por amar e, até para os animais, o amor já não é tolerado.
Separamos a humanidade como nos tempos medievais: por raça, cor da pele, status, religião e origem.
O amor virou um substantivo guardado a casos e exceções, como a empatia e a solidariedade. Mas, em contraposição, vemos cada vez mais pessoas levantando bandeiras de idolatria e cultivando uma falsa sensação de amor um amor mais obcecado e doentio. Afinal, por que tantos têm o desejo de serem vistos e de se tornarem estrelas, seja por quais meios for, apenas para serem aclamados?
Esse desejo de ser famoso, conhecido, aplaudido de ouvir de alguém que você é um alguém nasce muitas vezes de um ego fragilizado, obcecado por uma aclamação interna que pulsa no peito. Essa fissura da celebridade, esse anseio por ser amado, visto, contemplado e, no fim, lembrado por mais ou menos que durem esses anos: sejam dois ou vinte.
Vivemos um tempo de busca por amor no outro, ou por um alguém desconhecido, como se ele fosse capaz de curar os amores ausentes ou até mesmo curar o nosso próprio amor. A base, que deveria ser nos amar, é a mesma que agora se transforma em arma e é cravada em nossas mentes ao longo de décadas e séculos.
Já vemos o escurecimento do amor e o peso da sua ausência. E me pergunto: em alguns anos deste século, será que o amor ainda será colocado para fora do peito como um sentimento genuíno, ou será apenas mais uma tentativa de preencher ausências com nomes e toques passageiros?
E sim, o amor é feio e bonito, algumas vezes.
Porque, se eu dissesse que o amor é como um algodão-doce feito de balinhas de açúcar, eu estaria mentindo.
Quero deixar claro que, quando falo de "amor feio", não me refiro à violência ou à dor justificada. Falo de erros, deslizes que, às vezes ou muitas vezes acontecem. Afinal, somos seres mortais e errantes, que, em todas as culturas, amarão outros seres igualmente mortais e errantes como nós.
Esse amor "feio" são as brigas, as opiniões que se chocam, os discursos que saem tortos, os atos que machucam emocionalmente mas nunca, nunca, no sentido físico. Não o ciúmes obsessivo, nem as traições, agressões físicas, emocionais ou manipulações.
Isso não é amor feio, isso não é amor.
Mas talvez nós nem saibamos o que seja o amor ou talvez eu não saiba, porque o amor é sobre amar o outro para depois ser deixado amar por essa pessoa ou por nós. E, como no começo:
O que é o amor?
O que é o amar?
lindo texto, Estela! e digo mais: acho que o amor "feio" é, na verdade, o amor real. o amor wje prevalece mesmo com todas as discordâncias, diferenças e defeitos. é fácil amar quando as coisas são bonitas, fáceis e instagramáveis. é na dificuldade, na "feiúra" que o amor se prova. (e como você falou, a "feiúra" nada tem a ver com violências).
UAUUUUUUU